Nesta última semana, a sangrenta guerra que assola a Síria tomou proporções ainda mais cruéis quando a notícia de que mais de mil crianças já foram mortas desde o início de 2018, foi divulgada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). As autoridades estimam que o número corresponde a uma morte por hora.
O desespero é tanto que muitas mulheres também se suicidaram para não sofrerem com o trauma do estupro. Segundo dados reunidos pela ONU, o conflito já fez mais de 400 mil vítimas, além de 4,5 milhões de cidadãos que se viram obrigados à deixarem seus lares.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos ainda comunicou que cerca de 65% das vítimas faleceram devido aos bombardeios aéreos protagonizados por aviões do regime sírio e russo. O diretor regional da Unicef, responsável pelas regiões do Oriente Médio e Norte da África, Geert Cappelaere ainda ressaltou que há meses as entidades que atuam para ajudar as vítimas da guerra não conseguem acessar três áreas, onde o conflito tem se intensificado, são elas Idlib, Ghouta Oriental e Dera’a. Ele ainda calcula que mais de 5 milhões de pequenos necessitem de assistência humanitária em todo o território sírio.
A pediatra síria Amani Ballour, de 30 anos, responsável por cuidar das vítimas da região de Ghouta Oriental, comunicou, em entrevista ao portal brasileiro R7, que não há lugar seguro, visto que os ataques ministrados pelo governo do presidente Bashar al-Assad, têm tido como alvo hospitais, creches e escolas.
A especialista também recorda uma das cenas mais marcantes desde o momento que começou a cuidar das vítimas. “Foi uma das cenas mais duras que já vi na minha vida. A criança morrendo e sua mãe ao lado. Ele teve uma lesão muito grave na cabeça e estava sem comer havia dois dias porque sua família não conseguia encontrar comida. Quando encontraram, ele não podia comer porque estava muito machucado. Ele morreu com fome”, conta.
Diante de tanto caos, sofrimento e desespero, há duas atitudes possíveis: a primeira, que claramente não ajudará essas pessoas, é cruzar os braços. Já a segunda trata-se de assumir nossa responsabilidade social e ajudar a transformar o futuro de famílias inteiras que estão à procura de algo que, infelizmente, não faz mais parte de suas vidas: a paz.
Por isso reunimos 6 maneiras efetivas de ajudar as vítimas de Alepo:
1. Ajude a Capacetes Brancos
Encabeçada pelo líder humanitário Raed Al-Saleh, esta organização é responsável por procurar e salvar vítimas em regiões controladas pelos rebeldes, inclusive em Aleppo.
Até o presente momento, 10 mil feridos já foram resgatados durante o conflito. Integrantes também desempenham, além da retirada de pessoas de bombardeios e escombros, as tarefas de arrecadação de dinheiro para próteses e apoio psicológico aos familiares dos mortos. Saiba como doar visitando seu site oficial.
2. Ajude o Médicos Sem Fronteiras
A organização fornece suprimentos médicos para 158 hospitais localizados no leste de Alepo, uma das áreas mais atingidas pela guerra, e tenta manter 6 instalações médicas distribuídas na região norte do país.
Pela intensificação dos conflitos, a maioria destas instituições não estão sendo capazes de atender todos os feridos. Por isso, as doações são fundamentais. Saiba como ajudar e leia sobre o trabalho na Síria.
3. Ajude o Comitê Internacional de Resgate
O IRC, como é conhecida, é responsável por assistir pessoas que estão fugindo de guerras ao redor do mundo, inclusive os refugiados sírios. Acesse o site oficial para doar.
4. Ajude a Salve As Crianças
Esta ONG é responsável por auxiliar crianças e seus familiares a fugirem dos conflitos que os afetam – tanto os que se mudam internamente, quanto aqueles que partem para outros países. Saiba mais sobre o trabalho dos voluntários e faça sua doação.
5. Ajude a Agência de Refugiados da ONU, a Estação de Ajuda aos Migrantes e a Questscope
Ser obrigado a deixar – às vezes sem absolutamente nenhuma perspectiva de mudança – sua casa é uma realidade recorrente para a maioria dos refugiados ao redor do mundo. A Agência de Refugiados da ONU é uma das responsáveis por fornecer educação e recursos essenciais para que esses pequenos retomem suas vidas em outro país.
Outras organizações que unem esforços em prol da causa são a Estação de Ajuda aos Migrantes e a Questscope, a primeira presta assistência a refugiados da Jordânia e a segunda ajuda os refugiados a cruzarem o mar rumo à Europa em segurança.
6. Ajude o Movimento Internacional da Cruz Vermelha
A organização está auxiliando na retirada de civis feridos – entre eles mulheres e crianças – das regiões mais suscetíveis aos bombardeiros aéreos e ataques terrestres, principalmente em Alepo. Para que os resgates continuem, doe pelo site oficial.
Fonte: Revista Claudia
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